MAR E ILHA
Agora, apenas eu e você. Apenas nós, e nada. Nós? Nada? Nada.
O que me persegue, senão sombras? O que faz a sombra, em mim, deixando escuro o que o sol quer mostrar, a essas tão poucas horas de manhã vista? Sedação, perdimento.
Não fui querendo a lugar nenhum, afora em mim, e no que hoje fui, nada vi. Eco de silêncio. Vazio. O tudo que foi embora sem que percebesse, sequer, que esteve em mim, não deixou bilhete de despedida. Foi-se. Como vão-se amores, lembranças, pensamentos, e tudo o mais que nunca então teve morada em canto outro, senão aqui.
Sequer palavra deixou a mim, lugar de pouso. Palavras não pousam. Voam. E como vôos que são descrevem em céus e infernos o que sequer ouso. O não ouvir palavra. A afirmação dela pela força do não dizer, e então nado...
Ali vejo o mar. E nado. E nada. Não sei nadar. Caminho nele a passo curtos, contados, como em cálculos de equações inexatas dos quais me faço. Não corro, mas não paro. Nunca parei. E eis-me assim: Cercada. Por vezes de mar, quase sempre de ar, mas nunca escuro, mesmo que sempre não luz.
Em penumbras vejo a ilha, que não chão nem mar, mas que também nunca céu. Olhei o céu? Por acaso vi o céu? Fomos apresentados, ele e eu, em data de festejo?
O que festejar, se nada é festa? Se nada sou, também, como comemorar? Em que brinde com taça será feita a lembrança por registro? Que registro darei a nada? E a posteridade, o que levará do que não digo, não mostro e não faço? Apenas meus nãos serão levados nela, como ondas pequenas que são e não marcam? O que rastro? Nada?
Em mim que nada sou, e que portanto não existo, terá o sim único o poder da mutação?
E ilha, e ilha... Não amparo. Não firmeza. Desconhecido? Sempre. Mesmo quando ando em voltas, são esquinas inexistentes que temo. Temo? Temer o que não há? Como pode? Como pude?
Devaneios, só. A sós, devaneios.
Mares e ilhas de mim. Navegados e percorridos em mim, que neles navego e percorro o não ser. Ainda que sendo, então, apenas mera vontade de nada.
O que me persegue, senão sombras? O que faz a sombra, em mim, deixando escuro o que o sol quer mostrar, a essas tão poucas horas de manhã vista? Sedação, perdimento.
Não fui querendo a lugar nenhum, afora em mim, e no que hoje fui, nada vi. Eco de silêncio. Vazio. O tudo que foi embora sem que percebesse, sequer, que esteve em mim, não deixou bilhete de despedida. Foi-se. Como vão-se amores, lembranças, pensamentos, e tudo o mais que nunca então teve morada em canto outro, senão aqui.
Sequer palavra deixou a mim, lugar de pouso. Palavras não pousam. Voam. E como vôos que são descrevem em céus e infernos o que sequer ouso. O não ouvir palavra. A afirmação dela pela força do não dizer, e então nado...
Ali vejo o mar. E nado. E nada. Não sei nadar. Caminho nele a passo curtos, contados, como em cálculos de equações inexatas dos quais me faço. Não corro, mas não paro. Nunca parei. E eis-me assim: Cercada. Por vezes de mar, quase sempre de ar, mas nunca escuro, mesmo que sempre não luz.
Em penumbras vejo a ilha, que não chão nem mar, mas que também nunca céu. Olhei o céu? Por acaso vi o céu? Fomos apresentados, ele e eu, em data de festejo?
O que festejar, se nada é festa? Se nada sou, também, como comemorar? Em que brinde com taça será feita a lembrança por registro? Que registro darei a nada? E a posteridade, o que levará do que não digo, não mostro e não faço? Apenas meus nãos serão levados nela, como ondas pequenas que são e não marcam? O que rastro? Nada?
Em mim que nada sou, e que portanto não existo, terá o sim único o poder da mutação?
E ilha, e ilha... Não amparo. Não firmeza. Desconhecido? Sempre. Mesmo quando ando em voltas, são esquinas inexistentes que temo. Temo? Temer o que não há? Como pode? Como pude?
Devaneios, só. A sós, devaneios.
Mares e ilhas de mim. Navegados e percorridos em mim, que neles navego e percorro o não ser. Ainda que sendo, então, apenas mera vontade de nada.
2 Comments:
eu já te disse q vc é d+?
passa no meu dpois
beijos, abraços, etc...
e nada ????
que nada !
de nada !
é nada !
da nada...essa menina
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