TANGENTES
Vem, segura firme em minha mão. Levo-te a passeios por teus jardins não conhecidos por ti. Como não os são por mim.
Vim, seguro firme em tua mão. leva-me a viagens por meus sonhos não vividos por mim. Como não os são por ti.
Que densas florestas de vegetação rasteira percorreremos tu e eu? E onde veremos o perigo que nos cerca, sob cada pétala de caminho não mapeado pelo que faremos com o que sejamos nós?
Espera. Deixei grãos que nos levarão à saída. Não, mas eu mesma, quando acabaram-se os que tinha à mão, voltei e apaguei toda a trilha, por tentar criar uma que de volta, tão imaginária quanto os primeiros ali colocados.
Escuridão de claridade. Excesso de luz que cega. E dele a falta também, por absoluta não existência em quem o deseja. Saberemos ver-nos na luz da escuridão infinita, que breve apaga-se, quando não ela?
Até então não sabia de nadar ou de navegações. Não sabíamos nós, até mergulharmos em águas longes, que nos fizeram esquecer do iniciado sem gota sequer, nem em mim, nem em ti. Mas que fartas agora, em ti e em mim. Não as queiramos rio. Não as façamos mar. Não as tomemos como ar.
Ah, não são. Ah, não sejam. Façamos de nós então brisa, que de leve a tudo toca, e a tudo modifica, sem sequer mover saudade.
Saudade existe em linhas retas? Curvas serão feitas de saudade? Haverá diferença entre retas e curvas construídas em faltas de presença? Ou será ela, presença de faltas, que constrói saudade?
Dentre as perguntas que não nos fizemos, será essa a única a ter em nós resposta?
Vim, seguro firme em tua mão. leva-me a viagens por meus sonhos não vividos por mim. Como não os são por ti.
Que densas florestas de vegetação rasteira percorreremos tu e eu? E onde veremos o perigo que nos cerca, sob cada pétala de caminho não mapeado pelo que faremos com o que sejamos nós?
Espera. Deixei grãos que nos levarão à saída. Não, mas eu mesma, quando acabaram-se os que tinha à mão, voltei e apaguei toda a trilha, por tentar criar uma que de volta, tão imaginária quanto os primeiros ali colocados.
Escuridão de claridade. Excesso de luz que cega. E dele a falta também, por absoluta não existência em quem o deseja. Saberemos ver-nos na luz da escuridão infinita, que breve apaga-se, quando não ela?
Até então não sabia de nadar ou de navegações. Não sabíamos nós, até mergulharmos em águas longes, que nos fizeram esquecer do iniciado sem gota sequer, nem em mim, nem em ti. Mas que fartas agora, em ti e em mim. Não as queiramos rio. Não as façamos mar. Não as tomemos como ar.
Ah, não são. Ah, não sejam. Façamos de nós então brisa, que de leve a tudo toca, e a tudo modifica, sem sequer mover saudade.
Saudade existe em linhas retas? Curvas serão feitas de saudade? Haverá diferença entre retas e curvas construídas em faltas de presença? Ou será ela, presença de faltas, que constrói saudade?
Dentre as perguntas que não nos fizemos, será essa a única a ter em nós resposta?
2 Comments:
Saiba, retas são curvas com saudades...elas olham pra trás, procuram, ajeitam, se dobram ao sentimento, a saudade.
Continue...com retas e curvas, são complementares.
La Belle du Jour
vc é otima em tudo q faix..
te adoro muito
beijos
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