Ode ao MEU Século XX
Deveria me bastar, então,
ser a mais (in)feliz entre as criaturas,
todas elas.
Sob inspiração, nada dei ao mundo:
Não dancei um tango,
nem compus um ilegítimo bolero...
Nunca ameacei assassinatos ou suicídio,
e pouco me dei ao trabalho de um buquê, ainda em papel, que fosse.
Conheço, sim, o desenho do sol,
mas o óbvio bemol, a mim, é um perfeito estranho.
Não rezei a Deus ou ao diabo e, isso,
só porque não rezo nunca.
Aí, tentei virar poeta...
Mas, como linhas de caderno em branco,
replico o mais, do mesmo, sempre igual.
Vago de um cheio a outro,
sem que se apague, em mim,
tudo que a chuva molha, ainda que apenas só por dentro.
ser a mais (in)feliz entre as criaturas,
todas elas.
Sob inspiração, nada dei ao mundo:
Não dancei um tango,
nem compus um ilegítimo bolero...
Nunca ameacei assassinatos ou suicídio,
e pouco me dei ao trabalho de um buquê, ainda em papel, que fosse.
Conheço, sim, o desenho do sol,
mas o óbvio bemol, a mim, é um perfeito estranho.
Não rezei a Deus ou ao diabo e, isso,
só porque não rezo nunca.
Aí, tentei virar poeta...
Mas, como linhas de caderno em branco,
replico o mais, do mesmo, sempre igual.
Vago de um cheio a outro,
sem que se apague, em mim,
tudo que a chuva molha, ainda que apenas só por dentro.