O JARDIM
Devolvi, à vida, as flores que a vida me deu.
Não fui eu a plantá-las, e não as vi crescer antes de recebê-las no que se tornou, desde então, o meu jardim. Sim, sempre preferi jardins a ramalhetes. As flores devem ser vida, bela vida, não apenas arranjo, belo arranjo, que nunca suporta uma década.
E recebi então as flores que busquei. Não sabia, até então, como cuidar de flores. Mas aprendi, junto com elas, a cuidá-las, a amá-las, a querer que estivessem sempre a embelezar minha vida. É certo: As flores fizeram-me melhor do que nunca fui, antes de tê-las. E tentei fazer com que, também elas, fossem sempre mais. Conseguimos, eu e as flores, nossos objetivos. Todos eles. Podíamos tudo.
Dia após dia, ano após ano, me fiz melhor para merecer continuar a tê-las como apenas minhas. E ano após ano, dia após dia, minhas flores se fizeram melhores para mim.
Mas um dia, não um belo, mas apenas um, pensei que a vida outra, que em momentos ansiei ter, fosse também o ideal para minhas flores. E mostrei a elas que haviam vários jardins. E imaginei que também elas ficariam felizes com um espaço sem limites. Pensei ser capaz de continuar como o jardineiro de minhas flores, alternando-as entre o pequeno e o grande jardim (o primeiro, nosso; o segundo, de ninguém).
Mas meus ombros não suportam o peso do mundo. Não sem as flores. Serei uma criança? Sim. Uma criança que ama as flores. E cuja vida, sem elas, perde muito da beleza. Quero regá-las, cuidar delas, poder vê-las e escutá-las como sempre fiz.
Sim, as flores falam. Todas elas. E disseram então que não se pode ter tudo. Só que eu não quero tudo. O tudo não me serve, longe delas. Mas eu, eu fiz com que as flores suportassem o peso do mundo em suas pétalas, sem mim.
Devolvi, à vida, as flores que a vida me deu. Mas... Vida, quero minhas flores de volta.
Não fui eu a plantá-las, e não as vi crescer antes de recebê-las no que se tornou, desde então, o meu jardim. Sim, sempre preferi jardins a ramalhetes. As flores devem ser vida, bela vida, não apenas arranjo, belo arranjo, que nunca suporta uma década.
E recebi então as flores que busquei. Não sabia, até então, como cuidar de flores. Mas aprendi, junto com elas, a cuidá-las, a amá-las, a querer que estivessem sempre a embelezar minha vida. É certo: As flores fizeram-me melhor do que nunca fui, antes de tê-las. E tentei fazer com que, também elas, fossem sempre mais. Conseguimos, eu e as flores, nossos objetivos. Todos eles. Podíamos tudo.
Dia após dia, ano após ano, me fiz melhor para merecer continuar a tê-las como apenas minhas. E ano após ano, dia após dia, minhas flores se fizeram melhores para mim.
Mas um dia, não um belo, mas apenas um, pensei que a vida outra, que em momentos ansiei ter, fosse também o ideal para minhas flores. E mostrei a elas que haviam vários jardins. E imaginei que também elas ficariam felizes com um espaço sem limites. Pensei ser capaz de continuar como o jardineiro de minhas flores, alternando-as entre o pequeno e o grande jardim (o primeiro, nosso; o segundo, de ninguém).
Mas meus ombros não suportam o peso do mundo. Não sem as flores. Serei uma criança? Sim. Uma criança que ama as flores. E cuja vida, sem elas, perde muito da beleza. Quero regá-las, cuidar delas, poder vê-las e escutá-las como sempre fiz.
Sim, as flores falam. Todas elas. E disseram então que não se pode ter tudo. Só que eu não quero tudo. O tudo não me serve, longe delas. Mas eu, eu fiz com que as flores suportassem o peso do mundo em suas pétalas, sem mim.
Devolvi, à vida, as flores que a vida me deu. Mas... Vida, quero minhas flores de volta.
2 Comments:
Vim aqui te ver e te dizer que jamais te esqueço... =]
Ah, flores! Que vida que elas dão... e como vc falou tão bem... Qual é a sua preferida? A minha é o girassol. E espero que vc esteja bem!!! Bjs bjs bjs! Saudade!!!
Minha nossa! Desde que vim da primeira vez... eu simplesmente fiquei enfeitiçado com sua forma de traduzir suas sensações, emoções e pensamentos.
De vez em quando entro pra ver o que há de novo, e nunca me arrependo, caramba! Escreva um livro com seus textos, faça esse favor ao resto do mundo e compartilhe um pouco de você.
Adoro... simplesmente por te sentir em palavras.
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